sábado, 28 de março de 2009

o paradoxo de gostar.

é complicado pensar no quanto as pessoas gostam de você. e não é uma questão de baixa estima, é o simples fato de saber o quanto é perigoso que alguém goste de você de um jeito que você não possa controlar. porque quando é com você, analisando a questão a partir do fato de que aqui quem fala é a voz racional, é fácil se controlar, saber quando é a hora certa de se entregar pra manter o relacionamento saudável. e eu me refiro a qualquer relacionamento. mas é, de certa forma, egoísto ou pretensão da parte de qualquer um querer que ninguém goste de você. porque se o mundo fosse, na mais estranha das hipóteses, dividido entre mocinhos e vilões apenas, ainda assim (talvez até de forma mais fácil) alguém certamente se encantaria por você. e tem também a parte da satisfação e conforto pessoal. eu diria até necessidade. sozinho ninguem vive ou faz história ouvi dizer e é no mínimo ridículo se aceitar sozinho e esperar mudar qualquer mínimo detalhe de si e de qualquer coisa. e ai aqui estou. falando de coisas que surgiram na minha cabeça e que não mostro pra ninguém, pois aqui talvez seja a única parte da minha vida que eu não precise que ninguém goste. mesmo que inconscientemente. mas o porém que move minhas palavras está presente naqueles que me fizeram vir até aqui, que gostaram de mim. que me transformaram naquilo que sou. e certamente gostariam de estar diretamente presentes aqui posto que gostam de mim. ou talvez não. mas eu não me importo com o não quando reafirmo que isso é meu. e que a necessidade de controlar o gosto de terceiros a respeito disso aqui não se faz presente quando nem ao menos eles precisam estar aqui.

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