segunda-feira, 29 de setembro de 2008

por agora.

I look at you, you bite your tongue
You don't know why or where
I'm coming from
But in my head I'm close to you
We're in the rain still searching for the sun

You think that I want to run and hide
That I keep it all locked up inside but I just want you to find me

I'm not lost, just undiscovered
And when we're alone, we're all the same as each other

You see the look that's on my face
You might think I'm out place
I'm not lost
just undiscovered

Well the time it takes to know someone
It all can change before you know it's gone
So close your eyes and feel the way
I'm with you now
Believe there's nothing wrong

I'm not running, I'm not hiding
But if you dig a little deeper, you will find me

James Morrison - Undiscovered

o resumo de tudo.

"It felt like turning into stone
Made sure my feelings didn't show
How could I be accused
When deep inside you always knew
That you could be wrong
That I'd be long gone

When you've got nothing to hold on
You blame it all on me
You need something to hold on, besides me"

e chega de você na minha vida.

domingo, 21 de setembro de 2008

moving.

preciso mudar de ares. cansei desse clima dessa cidade, dessa falsa boemia presente por entre seus prédios. preciso de ipanema, da lapa, do leblon. daquelas praias, daqueles bares. onde o sol é mais amigo e as musicas te tocam de um jeito diferente. quero caminhar pelas ruas e saber pra onde ir. querer ter pra oinde ir. nunca sentir que apenas faço hora enquanto passo o tempo pra um compromisso. quero caminhar entre esses prédios cariocas suaves que não te agridem e esquecer toda essa poluição visual e sonora a que me prendo aqui. quero ter a que dedicar todos esses cigarros e pensamentos que queimo a cada dia. olhar o mar e ver nele a limpeza de todos os seus sentidos.
quero me cercar de pessoas que sabem a que vieram e que não se prendem a estilos de vida pobres, estes que nos tornam pequenos, sem aspirações, sem desejos maiores. quero pessoas melancólicas, que queiram mudar as coisas e não se prendam a esse edonismo perpétuo. quero alguém que valha a pena. alguém que me faça vislumbrar uma vida ao seu lado, planejar filhos, viver junto. quero amar de novo.
estranho ver como mesmo querendo negar tudo que um dia vivi em minha decepção ainda me prendo a ela, falando sobre ela e até mesmo querendo não falar. quero sentir que tenho outras inspirações, sinto que me devo isso.
e posso medir como mudo meus desejos em relação a isso a cada vez que a chuva cai. é quando isso acontece que desejo alguém comigo. a chuva cai agora e eu sei que você deseja que eu estivesse ai. mas eu não. não quero estar ai e não desejo ter você por perto. estou mudando de ares.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

confissão.

eu fico imaginando se você um dia me desejou. sexualmente falando. se imaginou meus braços te envolvendo, minha voz no seu ouvido, minha respiração no seu pescoço até que eu esteja dentro de você, como muitas vezes desejei estar. e agora mais que nunca te desejo. a idéia do sexo sem amor é sempre melhor e menos complicada pros dois lados. ou pra um deles. porque um dos dois sempre ama mais e o sexo.. só complica. até o fato de não fazê-lo complica. e quer saber?! acho que complicou pra mim. e ajudou o meu amor por você a murchar. essa sua rejeição a tudo que dizia respeito a esse tipo de desejo por mim. não que você não tivesse, mais que nunca agora eu não duvido que tinha. aliás. duvido sim. acredito que devo ter sido o unico a quem você negou isso. ou estou exagerando? ruim pra você que me escondeu isso e perdeu boas coisas. muito boas aliás. é uma pena que você se bloqueou e no fim de tudo te faltou a humildade de admitir isso. teria despertado um lado muito melhor de mim.

domingo, 14 de setembro de 2008

dias chuvosos.

a chuva veio outra vez. e eu gosto de não desejar mais as mesmas coisas. gosto de ver como mudo a cada dia. as minhas opiniões se tornam mais lapidadas depois que tudo acabou. é meu recomeço. ainda estou nele.
me refaço nesses dias de chuva em que tudo que desejo agora é a minha independência. um cigarro e um filme. nada mais talvez.
talvez eu saia por ai e faça do meu desejo de conhecer novas pessoas uma realidade, e então eu me completo com essas amizdaes que considero importante pra que a parte de mim que ainda deseja alguém como você - não você - esteja preenchida.
as pessoas parecem ainda se importar em te deixar confortável, em te desejar sorte. eu permaneço indiferente. ainda dura. e um dia desses eu escrevi uma carta que eu sei que você nunca vai ler. nem é pra você na verdade. na verdade é, mas não pra que você veja. eu escrevi pra mim. pra me provar que eu tenho a capacidade de dizer pra quem quizer ouvir de verdade que eu to seguindo em frente. e fui bem sucedido nisso. vê com esse espaço aqui é o único que te restou na minha vida?

sábado, 13 de setembro de 2008

o resto imortal.

Queria não morrer de todo. Não o meu melhor. Que o melhor de mim ficasse, já que sobre o além sou todo dúvida. Queria deixar aqui neste planeta não apenas um testemunho da minha passagem, pirâmide, obelisco, verbetes numa obscura enciclopédia, campos onde não crescem mais capim.
Queria deixar meu processo de pensamento, minha máquina de pensar, a máquina que processa meu pensamento, meu pensar transformado em máquina objetiva, fora de mim, sobrevivendo a mim.
Durante muito tempo, cultivei esse sonho desesperado. Um dia, intui. Essa máquina era possível.
Tinha que ser um livro.
Tinha que ser um texto. Um texto que não fosse apenas, como os demais, um texto pensado. Eu precisava de um texto pensante. Um texto que tivesse memória, produzisse imagens, raciocinasse.
Sobretudo, um texto que sentisse como eu.
Ao partir, eu deixaria esse texto como um astronauta solitário deixa um relógio na superfície de um planeta deserto.
Claro que eu poderia ter escolhido um ser humano para ser essa máquina que pensasse como eu penso. Bastava conseguir um aluno. Mas pessoas não são previsíveis. Um texto é.
A impressão do meu processo de pensamento não poderia estar na escolha das palavras nem no rol dos eventos narrados. Teria que estar inscrito no próprio movimento do texto, nos fluxos da sua dinâmica, traduzido para o jogo de suas manhas e marés.
Um texto assim não poderia ser fabricado nem forjado. Só poderia ser desejado. Ele mesmo escolheria, se quisesse, a hora de seu advento.
Tudo o que eu poderia fazer nessa direção era estar atento a todos os impulsos, mesmo os mais cegos, nunca sabendo se o texto estava vindo ou não.
Era óbvio, um texto assim teria, no mínimo, que levar uma vida humana inteira. Na melhor das hipóteses.
Uma questão colocou-se desde o início. A tensão da espera de um tal texto poderia ser o maior obstáculo para seu surgimento. Quanto a isto, não havia solução. A questão teria que ser vivida em nível de enigma e conflito, sigilo e dissimulação.
Evidentemente que o texto que resultasse desse estado deveria, por força, reproduzí-lo em sua essencial perplexidade. A máquina-texto que surgisse não seria um todo harmonioso, já que a harmonia só convém às coisas mortas. O que eu pretendia era uma coisa viva, uma vida que me sobrevivesse. E a vida é contraditória.
Não sei mais de esse texto virá. Ou se já veio.
Tudo o que quero é que, se vier, se lembre de mim tanto quanto eu soube desejá-lo.

Paulo Leminski

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

changes.

certas coisas na vida deveriam estar a disposição de todos. sem esse bloqueio de classes ou de circulos que os seres humanos impôem a si próprios. como o prazer de observar o pôr do sol na praia e apreciar um bom livro. apreciar cultura. observar uma roda de violão no melhor que ela tem a oferecer, e ver como as ondas do mar parecer dançar ao som da música. bom é ver como tudo é música. como ela está em tudo. bom é observar as pessoas além do que elas realmente nos mostram e perceber que no fundo somos todos iguais. indpendente de etnia, sexo ou estilo. as vezes dependente de classe social. desse muro que as classes constroem entre si, cada uma de seu lado. esse que impede que as pessoas se permitam se conhecer e se livrem dos preconceitos. tudo o que somos deve ser valorizado. principalmente a mudança. devemos nos permitir ser essa mudança. perceber que há sempre algo em nós que pode melhorar. ou simplesmente ser diferente.

"eu prefiro ser essa metaforfose ambulante,
do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo."

metamorfose ambulante.

ele caminha por aqueles prédios como se soubesse aonde vai. parece confiante. usa jeans e uma camiseta listrada, que valoriza a massa muscular e o peso que ganhou nos ultimos meses. na mão direita leva um livro e na outra um cigarro. retomara seu vicio há pouco mais de um mês. seu único ruim, como gosta de pensar. senta num café esperando o tempo passar. abre o livro e, enquanto lê aquelas palavras sobre amizade e companheirismo ele lembra de seu amigo que está de volta. a frustração do momento o faz querer fortalecer mais essa amizade. e ele pensa em tudo o que ela lhe proporcionou e tudo o que ainda viria pela frente. pede um capuccino. e se pergunta porque nunca havia tomado aquele capuccino que esteve sempre ali ao seu 'dispor'. mais uma brecha pra pensar sobre as coisas da vida. ele continua lendo. mas seus pensamentos já tomaram primeiro plano. acende outro cigarro. fecha o livro. ele agora observa as pessoas na rua, que de uns tempos pra cá perecem reparar mais nele. talvez coisa da sua cabeça. abre o livro de novo. e agora lê sobre como apesar das extremas dificuldades, certas pessoas ainda conseguem tempo pra serem felizes, e agora pensa na oportunidades que lhe são dadas, e em como valorizá-las. termina o capuccino. acende o terceiro cigarro. o tempo passou e agora ele levanta e caminha em direção a seu amigo. esse garoto nem ao menos se reconhece em suas fotos de pouco mais de seis meses atrás. é outra pessoa. em todos os sentidos.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

maratona.

todo aquele estilo de vida que eu ficava desejando ao deitar a cabeça de noite vem surgindo depois de você. depois de abrir o olhos. amigos verdadeiros, conversas verdadeiras. tenho feito até novas amizades. impressionante como no começo essas pessoas são mais alguém pra quem falar de tudo que eu tive quando tive (ou não) você e depois de um tempo nada é comentado. prova que você é passado. uma rima do meu passado. algo que morreu antes mesmo de nascer, agoniza até hoje talvez. mas com nenhuma chance de sobrevida.
bom esse estranhamento que me causa lembrar que tudo que eu sempre quis foi superar essa obsessão por você. e agora percebo que a verdade é que eu sempre gostei desses jogos. de desejar que você não me quisesse só porque talvez eu gostasse de correr atras de você. quando o prêmio era bom. porque ninguem quer o que não presta. já ouviu falar que não se corre atras nem de tentar algo que já se sabe que não vale a pena no final?

é.

todo aquele pouquinho de indiferença que eu sempre quis sentir por você já se trasformou em algo que toma conta de mim. mas talvez eu nem me sinta tão assi já que sempre tenho algo a dizer sobre você.
mas sejamos francos. eu comigo mesmo querendo dizer. acho que nunca vou parar de escrever sobre você. de te colocar aqui. de te dar algum lugar na minha vida a você. como esse lugar agora é a indiferença que antes foi a raiva e amuito tempo o amor. e nenhum deles por opção ou ação minha. você fez se mudar de todos eles. e aquele desejo de te ter por muito mais do que sexo porque essa era a graça ficou sem graça. o carnal, a paixão por sexo casual tomou conta de mim pensando em você esses dias. só pra isso. sexo. tudo que você nunca quis. parece que quis indiretamente. se não aqui eu não estaria.
e isso me faz muito mais satisfeito que antes. quando cada pedacinho conquistado de você me fazia querer mais outro, e outro. agora te ter é bom. mas não te ter muito melhor do que eu pensava. obrigado por se fazer mudar de lugar em mim por tantas vezes. obrigado mesmo.