terça-feira, 30 de junho de 2009

volatilidade.

eu ia dormir. mas tudo isso iria embora amanhã e eu cansei de tentar deixar passar pra não conseguir dormir depois. a preocupação com meu mais novo modismo de situação, ou com o vício musical do momento, ou até mesmo a fumaça do cigarro, que sobe pro segundo andar que nem existe, e as cinzas que caem sobre a grama, e que logo serão molhadas pelo sereno. também tem a velha nova preocupação que mais me tem ocupado tempo. essa vai e volta. vai e volta. foi. e aquela garota que eu insisto em achar que é a melhor de todas, mas que na verdade é apenas mais um encantamento que, talvez, se vá com a real primeira impressão. tudo isso se vai depois de uma noite de sono. mas um dia volta. tudo junto, ou não. vai vendo.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

still the same, but not at all.

sempre tive essa queda infantil por esses joguinhos de fotolog. e cheguei a começar a fazer esse quando vi. mas vi também que já perdeu a graça, que não consigo mais me descrever por frases feitas ou por apenas um estilo daquilo que mais gosto. sou o conjunto. e nem colocando todo eles aqui acho que seria capaz de completar o pretendido, mesmo sendo apenas uma brincadeirinha despretenciosa. bom saber que ainda penso o mesmo de mim.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

espontâneo.

uma semana foi o que eu tirei pra viver o que eu tinha que viver. e depois que os efeitos da semana mais turbulenta dos ultimos tempos pareceram se esvair eu tive vontade de voltar aqui. de repente porque me sentia obrigado a tirar aquela história toda de mim e não conseguia escrever sobre mais nada. de repente por mera falta de saco mesmo. fato é que hoje eu resolvi estar aqui. sem talvez das possíveis razões. eu quis. e sete dias podem ter sido pouco pra quem resolveu viver a vida, mas tudo aconteceu tão depressa que é como se muito tempo tivesse passado. e também porque pra alguém como eu não há muito com o que aproveitar. dificuldades de estilo, de decisão e de dinheiro ajudam também. merda. e justo quando eu poderia estar planejando a minha ida pra longe daqui, esse bem mais longe do que qualquer longe que já estive acontece de não me esforçar o bastante. culpa de quem? não adianta. eu sempre acabo por aqui me lamentando daquilo que poderia ter feito. bom, melhor que encher a boca pra dizer que de nada me arrependo, pois se comecei com todos essas textos e essa vontade de me expressar mesmo que seja pra mim mesmo foi por arrependimento. puro. nem sei de que. e sinto que só acho isso agora, logo vai passar. nem aí. to assim. achando as coisas sem razão, querendo tudo na mão sem mais nem menos. corro atrás que melhora. ou não.

melhor remédio.

queria ter a capacidade de escrever com humor. deve ser porque esse tipo de coisa não é exercitada por mim no meu cotidiano. não que eu seja uma pessoa sem nenhum tipo de humor. na verdade eu acho que possuo até mais do que relamente demonstro possuir. gosto do sorriso mais do que da gargalhada, das conversas simplismente bem humoradas do que da sessão de piadas que arranca grandes demonstrações de estranhos acessos de risadas. gosto do fato de que vejo humor naquilo que a maioria não vê. é legal ter um olhar diferenciado, mesmo que declarar isso seja clichê demais. a lembrança de um momento que te fez sorrir por dentro e ninguém sequer percebeu. é claro. gosto também daquilo que ouço dos meus amigos. das declarações inesperadas. essas que, mas do que te fazer rir, te fazem rir de tanto chorar. a emoção de se sentir importante e saber com quem contar quando simplismente se sabe que algo durará eternamente é uma grande definição do que é humor pra mim. a quebra de expectativa de alguém que nunca se considerou tão importante. por ser escolhido por último nos jogos entre times na escola, por nunca ter ficado com muitas garotas, por achar que sua vida amorosa estava resolvida aos dezoito anos e levar um grande soco na cara, coisa que demorou um pouco pra ser tratada com senso de humor. outra coisa é o que acaba de acontecer também. no começo me propus a escrever com humor e acabei escrevendo sobre ele. vai ter tenho mesmo é mais capacidade de descrever do que de agir sob influencia daquilo que pretendo sentir. vai entender. freud explica.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

eu e jack.

os homens entediam as mulheres porque há somente 12 tipos de nós, e elas conhecem todos eles. eu só sei disso porque eu sou do tipo que elas conversam a respeito.

Jack Nicholson

quarta-feira, 17 de junho de 2009

pausa.

foi tudo o que eu consegui tirar de mim a respeito dessa história toda. não tenho saco, palavras ou vontade a mais pra continuar a registrar isso por aqui. é isso. e vou viver um pouco também. espontaneamente me esquecer de me fazer presente aqui. é isso.

confusão.

o ego inflou, e continua assim de certa forma. inevitável. também inevitável foi, sendo como sou, não perder ao menos uma noite de sono com tudo o que aconteceu a minha volta. e como faz diferença uma simples conversa em tom de desabafo mútuo com um velho amigo. por isso vivo por eles, por precisar deles, e por eles precisarem de mim de forma tão pronta e amorosa que chega a ser divino.
acho irônico também tudo isso ter acontecido de uma só vez. como no momento em que parece que precisamos disso a coisa acontece de um modo que a gente chega a pensar que o melor caminho é não fazer nada, vetando aquilo que por tanto tempo nos faz falta? e hoje foi o primeiro dia depois de tudo, que não me senti desperdiçando pelo menos um minuto do meu dia pensando nessas histórias todas, inconscientemente. muito mais fácil quando se dorme com pensamentos diferentes na cabeça. até porque, quando eles estão presentes apenas dormir já fica difícil. e foda-se. vou deixar correr. fazer o que eu quiser fazer. quer julgar? julgue.

domingo, 14 de junho de 2009

o velho e o moço.

e se eu fosse o primeiro a voltar
pra mudar o que eu fiz
quem então agora eu seria?

ahh, tanto faz
e o que não foi não é
eu sei que ainda vou voltar
mas eu quem será?

deixo tudo assim, não me acanho em ver
vaidade em mim
eu digo o que condiz.
eu gosto é do estrago.

sei do escândalo e eles têm razão
quando vem dizer que eu não sei medir
nem tempo e nem medo

e se eu for o primeiro?
a prever e poder desistir
do que for dar errado

ahhh olha, se não sou eu
quem mais vai decidir
o que é bom pra mim?
dispenso a previsão

ahhh, se o que eu sou
é também o que eu escolhi ser
aceito a condição

vou levando assim
que o acaso é amigo do meu coração
quando falo comigo, quando eu sei ouvir.

loucura.

muita aconteceu naquela noite, coisas que geralmente... na verdade que nunca acontecem. fica difícil até escrever sobre isso. é preciso amadurecer a idéia ainda. vai vendo...

sábado, 13 de junho de 2009

107 - releitura

confessar que eu te amo

parece quando o menino levanta a saia da menina na escola.

provoca vergonha...

é segredo.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

do amoroso esquecimento.

eu, agora - que desfecho!
já nem penso mais em ti...
mas será que nunca deixo
de lembrar que te esqueci?

- mário quintana -

o trágico dilema.

quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.

- mário quintana -

self.

coisa besta essa de ficar se comparando, mesmo que pra si mesmo. querer se fazer culto ou bonito por dentro por seja lá o que for asoociado a qualquer tipo de aceitação. é como se a velha vontade se incluir-se em certos circulos, que adquirimos desde que a convivencia nos faz necessaria insistisse em não ir embora. falando que na importante é apenas ser você mesmo. não acho difícil. nem u pouco. porque disfarçar preferências musicas, estéticas ou até de vocabulário? pra que? uma vez, li que estando ali tudo o que você e seu amigo precisam pra fazer a mizade de vocês crescer e chagar a níveis, digamos, divinos, descarta-se o fato de que você ou ele tenham gostos duvidosos - julgados por terceiros - isso se torna apenas irrelevante. sem falar que fingir ser o que não é ou gostar do que não gosta mesmo que seja no começo e mesmo que seja pra guardar acaba por ficar cansativo e se faz descobrir sem o menor esforço o quanto é forçado, e você só cria um cinflito pra você mesmo. torna a sua mente conflituosa em conflito com o julgamento alheio. e tem também o fato de que uma pessoa sempre transparente sempre acaba por ganhar mais pontos com quem quer que seja. se no início essa transpareência vem de forma negativa, com o tempo acaba-se percebendo que a sinceridade arraigada nesse ser que apenas se preocupa em ser natural e agradar a si mesmo o faz nobre diante dos outros, cativando-os. talvez tenha sido um conselho. talvez um desabafo, ou até mesmo uma pretenção. mas é isso.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

sobre o cl... nãão.

um dia eu sei que eu vou aprender que o que é mais importante pra minha formação como pessoa e sucesso profissional deveria ser proridade pra mim. e até me sinto mal em levantar essa... talvez hipótese. acho totalmente inapropriado o fato de seguir aquilo que obviamente não presta. como um grande clichê de clarisse lispector, autora aliás que eu nem gosto tanto assim. me impressiono em como consigo ser vaidosamente atencioso com certas coisas que no fim das contas nem importam tanto assim e que talvez agora já nem fazem diferença. mas muito daquilo que considero futil-útil é o que na maioria das vezes também interessa às outras pessoas. e ai segue o clichê. de não querer ser igual a ninguém, não querer ser muito diferente, de evitar ser social ou mentalmente e até de achar que tudo é clichê. mas falta de vaidade as vezes pode ser chato. estranho. ser humilde é bom mas até isso deve ter limite. num mundo onde apesar da sorte que temos por ter quem temos do nosso lado no final das contas somos apenas nós. clichê. e é também difícil querer dizer algumas coisas sem parecer um pouco egoísta e vaidoso. ou simplismente pensar nessas coisas. clichê. as vezes é até bom fazer o bem ao próximo simplismente pregando o desapego. mas quem não gosta de dar aquele presente bem caro, aquele que ressalta qualquer sentimento de amor pelo que é material? por mínimo que seja. clichê. ele tá em toda parte. eu descobri que toda essa nossa vida não passa de um simples clichê. e que nada mais é original nos dias de hoje. nem por gostos nem por estilos de vida. a verdade é que nada mais me espanta. vou viver do meu jeito, esquecendo o mundo. e apenas procurando o que é melhor pra mim. porque um dia eu sei que eu vou aprender que o que é mais importante pra minha formação como pessoa e sucesso profissional deveria ser proridade pra mim.

sorry.

you're amazing, I'm attracted,
but I'm terribly distracted.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

all the time.

'i need to hear some sounds that recognize the pain in me,
i let the melody shine, let it cleanse my mind, I feel free now
but the airways are clean and there's nobody singing to me now'

hoje.

acordei estável. sem mal humor, sem bom humor. fiz tudo como faço rotinadamente sem pensar em nada. nada. era como se eu pudesse tapar os ouvidos e simplismente me prender ao meu próprio universo. tava calmo apesar de nada estar acontecendo. e eu nunca fico calmo. no rádio tocava uma música que geralmente eu pularia, mas desta vez parei pra ouvir. olhando a estrada. observando as pessoas. vendo como elas ganham um toque tão gentil quando não as escuto. quando fantasio essas ruas por onde passo como um filme regado pela trilha sonora que escuto naquele momento. ninguém me olhou de maneira diferente, o onibus veio no tempo certo, o transito estava uma merda, como sempre, o mesmo caminho de todas as manhãs. mas nada aconteceu como geralmente acontece. como um diferencial que passou despercebido. então muda a faixa. agora toca uma daquelas musicas batidas e pouco muito populares de amor. mais uma vez eu paro e escuto. olhando pro céu. por um segundo exato meu coração se apertou de solidão. e passou. nem metade de um verso da canção. fechei os olhos. e acordei no meio do caos do transito. nem ai. não ouvia nada a não ser a musica. espantado com a nova figura que deu a mundo o som que entrava em meus ouvidos. a melhor manhã que já tive. pelo menos dentro do contexto de toda essa rotina. que nunca acaba.

quem me dera.

"as coisas estão passando mais depressa
o ponteiro marca 120
o tempo diminui
as árvores passam como vultos
a vida passa, o tempo passa
estou a 130
as imagens se confundem
estou fugindo de mim mesmo
fugindo do passado, do meu mundo assombrado
de tristeza, de incerteza
estou a 140
fugindo de você

o ponteiro marca 150
tudo passa ainda mais depressa
o amor, a felicidade
o vento afasta uma lágrima
que começa a rolar no meu rosto
estou a 160
vou acender os faróis, já é noite
agora são as luzes que passam por mim
sinto um vazio imenso
estou só na escuridão
a 180
estou fugindo de você

o ponteiro agora marca 190
por um momento tive a sensação
de ver você a meu lado
o banco está vazio
estou só a 200 por hora
vou parar de pensar em você
pra prestar atenção na estrada"