quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Lua Nova.

Alguma coisa do tipo "não existe vida sem você" foi pronunciada naquela tela de cinema. Eu disse algo que soou como um resmungo, algo sobre como não acredito nisso. Ela perguntou por que. Por que? Simplismente por não acreditar que um amor de tão pouco tempo possa ser maduro a ponto de descartar a existência de uma pessoa no momento em que a outra se vai. Na verdade não é essa a questão, na verdade é o oposto. Eu acho que não existe saúde num amor imaturo, e acredito que só este possa permitir tal 'estilo de vida', digamos. Mas ao mesmo tempo é preciso passar por essa fase pra se chegar ao tipo de amor que eu considero ideal, e como chegar a eessa fase sem sentir vontade de morrer sem a pessoa amada? Razão. Essa palavra que merece sempre, ao meu ver, ser pronunciada a toda vez que se fala de amor. Mesmo que por muitos seja considerado paradoxal falar de amor caminhando junto com a razão. Voltando, porque esse tipo de amor faz a vida das pessoas incompleta ou a certos pontos até descartável é minha questão. Pode até parecer pedante, mas como não to aqui pra provar nada pra ninguém, reafirmo o que eu disse. Não existe amor que se sustente apenas com juras, e atos impensados podem até parecer bonitinhos mas não bastam pra sustentar ninguém do que eu realmente acho necessário pra viver. Mas enfim, talvez isso nem exista também, é Hollywood. E talvez essa conversa precise ser mais aprofundada também...

O Clube Do Filme.

Interlúdio (1946) - Alfred Hitchcock

Ingrid Bergman (beijando Cary Grant): Este é um caso de amor muito estranho.
Grant: Por que?
Bergman: Talvez pelo fato de você não me amar.
Grant: Quando eu não amar você, eu aviso.