segunda-feira, 1 de junho de 2009

hoje.

acordei estável. sem mal humor, sem bom humor. fiz tudo como faço rotinadamente sem pensar em nada. nada. era como se eu pudesse tapar os ouvidos e simplismente me prender ao meu próprio universo. tava calmo apesar de nada estar acontecendo. e eu nunca fico calmo. no rádio tocava uma música que geralmente eu pularia, mas desta vez parei pra ouvir. olhando a estrada. observando as pessoas. vendo como elas ganham um toque tão gentil quando não as escuto. quando fantasio essas ruas por onde passo como um filme regado pela trilha sonora que escuto naquele momento. ninguém me olhou de maneira diferente, o onibus veio no tempo certo, o transito estava uma merda, como sempre, o mesmo caminho de todas as manhãs. mas nada aconteceu como geralmente acontece. como um diferencial que passou despercebido. então muda a faixa. agora toca uma daquelas musicas batidas e pouco muito populares de amor. mais uma vez eu paro e escuto. olhando pro céu. por um segundo exato meu coração se apertou de solidão. e passou. nem metade de um verso da canção. fechei os olhos. e acordei no meio do caos do transito. nem ai. não ouvia nada a não ser a musica. espantado com a nova figura que deu a mundo o som que entrava em meus ouvidos. a melhor manhã que já tive. pelo menos dentro do contexto de toda essa rotina. que nunca acaba.

Nenhum comentário: