segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

falta do que falar.

o vento levou os pingos de resto de chuva para longe daqui, te contou pro acaso, e por culpa dele, se soltou todo o amor que eu amarrei no travesseiro. enquanto seu vício te perdia com os novos amigos do centro da cidade, eu te esperei no toque do telefone. precisei fazer de você a minha garantia. Então, adotei contigo aquele amigo que consertou tão superficialmente toda a dor que ficou distante. tolice, se não existe dor no padrão dos nossos olhos. porém, só esqueço quando você me fala dos seus sabores favoritos e das suas cores preferidas. aí, peço para que venha o inverno só por fora. julho não verá nossos adeus; porque dois dias de cento e vinte reais vão nos despertar para um sono de lençol, e uma sacada com cheiro de areia úmida. ficaremos juntos até que em volta dos seus braços finos fique todo o resto do que não se vale a pena abraçar; nada tem seu perfume. cansei de esperar por algo de errado, você me funciona tão diferente. e se a noite acaba, amanhã tem pôr-do-sol. traga sua liberdade, e me prenda nos seus sonhos planejados sobre o asfalto. dessa vez, grita bem alto; é que eu me apaixonei pela sua voz.

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